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30 de dezembro de 2022
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O Tempo e a Esperança!

Por Hemerson Ari Mendes
Psicanalista (SPPEL), atual presidente da FEBRAPSI 

 

Fim do ano! Fim dum tempo! Só mais um tempo entre tantos tempos!

O poeta Mario Quintana aponta para a necessária dose de “Esperança” no nascimento deste tempo que chamamos de ano. Tempo de alegrias e dores, prazeres e loucuras ...

“Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano

Vive uma louca chamada Esperança

E ela pensa que quando todas as sirenas

Todas as buzinas

Todos os reco-recos tocarem

Atira-se

E — ó delicioso voo!

Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,

Outra vez criança…

E em torno dela indagará o povo:

— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?

E ela lhes dirá

(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)

Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:

— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…”

São várias as medidas que podemos utilizar, dos centésimos de segundos que definem recordes, passando pelos tradicionais 50 minutos das sessões, pela semana da “criação”, os trimestres escolares ... séculos, milênios e os bilhões da idade do nosso planeta.

Todos os tempos carregam o amalgama de vida e morte; em uma batalha para o re/torno ao nada e ao tudo que já se viveu/sentiu.

Cada etapa com suas medidas de tempos, vejamos!

Entre a fecundação – resultante do encontro entre duas mentes - e o nascimento: são dias, semanas, meses, trimestres. Enfim, tempos!

Tempos nos quais as alegrias, as angústias, os medos, os acidentes e a biologia aceleram, lentificam, paralisam, interrompem …

Tempos que se repetem, de tempos em tempos.

Tempo do termo, da mãe e, (in)felizmente, do bloco cirúrgico. São tempos de escolhas e (im)possibilidades.

Tempo das, e entre as, contrações. Tempo do parto e da chegada. Tempos do APEGAR com suas medidas de esperança e ameaças.

Tempos das mamadas e entre elas. Sono. Fraldas. Banhos.

Tempo ditado, tempo imposto. Tempo roubado, tempo perdido, tempo aproveitado.

Tempo presente; tempo passado; tempo futuro?

Aulas, férias. Tempo de estudo, tempo de brincar.

Tempo jogado, tempo parado, tempo extra, tempo prorrogado.

Game over: fim do tempo, fim da vida? Não, nova ficha, nova vida. Aprendemos com os adolescentes e seus jogos que podemos ter várias vidas/tentativas.  

Tempo de crescimento, tempo de espera, desespera, atropela. Por que não parar? Porque não para!

Tempo de namoro, tempo do namoro, tempo para o namoro; tempo no namoro!? Tempo sem namoro.

Tempos de encontros, desencontros, reencontros … Tempo ganho, tempo aproveitado, tempo gasto; tem(p)o perdido!

Não, tempo vivido! Vívido?

Tempo da formação, tempo do trabalho, tempo da sessão; tempo para a família, tempo para os filhos; tempo para?!

Tempo que passa, tempo que voa, tempo que não volta.

Tempo para pensar, tempo sem tempo, tempo para parar.

Tempo: dá um tempo!

Tempo de trabalho, tempo para aposentar, tempo para aproveitar (?).

Tempo para vida, tempo da vida. Tempo de vida!

Tempo sem tempo.

Tempo!!!

Sim, mais um ano! Que a leveza da infantil esperança, nutrida/sonhada pelas boas lembranças, nos alimente/estimule para novos voos/caminhadas guiados pela esverdeada busca das necessárias utopias.

[1] Ana Cristina Mendes (Fortaleza, CE, Brasil) é mestra em Artes (UFC), desde 2006 participa de exposições no Brasil, França e Alemanha. A artista possui uma pesquisa plástica que tem o corpo  e o universo têxtil como campo de experimentação. O portfólio da artista está disponível na página do Instagram: portfolio.anacristinamendes
Coordenação de Infância e Adolescência

À esquerda, Anabella Sosa de Brostella (Coordenadora de Infância e Adolescência
Suplente) e à direita, Zoila Ortiz (Coordenadora de Infância e Adolescência)

 

Programa 2022-2024

 

Em geral, podemos dizer que, na gestão Crianças e Adolescentes, com o horizonte de uma psicanálise democrática, pretendemos contribuir para a construção de espaços nos quais, coloquialmente falando, “todos estejamos dentro”.
Nessa ordem de ideias, o ponto de partida é a inclusão: uma proposta de abertura onde a diversidade e a diferença sejam pensadas e promovam abordagens teóricas, técnicas, e atividades e ações integrativas.
O objetivo é dar continuidade e enriquecer as excelentes atividades e iniciativas que foram desenvolvidas nas administrações anteriores, e criar outras novas de acordo com as necessidades, bem como realizar as correspondentes da coordenação.
Como mencionado anteriormente, esta contribuição é urgentemente necessária em uma América Latina marcada pela exclusão, pela violência e pelo apagamento sistemático do outro, nos quais os bebês, crianças e adolescentes são severamente afetados.

 

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Diretoria de Publicações
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Calibán 10 anos – Entrevista Carolina García Maggi

 

Celebrando los 10 años de Calibán, la revista de la Federación Psicoanalítica de América Latina, realizamos tres entrevistas a cada uno de los editores en jefe que ha tenido.
En esta tercera entrega de la serie, Ximena Méndez entrevista a Carolina García Maggi, actual editora en jefe de Calibán para el período 2022-2027.
En la ciudad de Montevideo - Uruguay ambas conversaron sobre como recuperar un lugar de enunciación del Psicoanálisis Latinoamericano, con lengua propia.  
Calibán se presenta como una forma de pensar desde FEPAL cruzando fronteras.
Disfrútenla!

 

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Convite à escrita: O inaudito

 

O tema do próximo número de  Caliban é  O inaudito.

Um adjetivo, a palavra de origen latina significa não escutado –  refere a algo que não se ouviu, ou não se viu antes – o inédito.

Trata-se, portanto, de um sentido que nos aproxima de forma direta à Psicanálise.

Porque o inaudito como aquilo que provoca surpresa por situar-se fora das margens, para além do que que se  considera habitual, é a nossa materia primeira. Afinal, não seria esta a própria concepção do inconsciente?

E nos leva a pensar na escuta do analista e em seus obstáculos; em sua permeabilidade para acolher o estranho que surge e se surpreender com o novo, ou quando isso provoca rechaço.

Como também nos levaría a considerar aquilo que não se ouve ou não se vê por recusa, do ponto de vista da clínica do singular(tanto por via do paciente, quanto do analista) e das denegações sociais, que impedem mudanças e processos reparatórios. O inaudito pensado a partir de seu próprio contexto, conformando assim, sua categoría de ato.

 

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Saudação da Comissão Diretiva

A Diretoria da FEPAL gostaria de chegar a cada Sociedade, Associação, Comitê, Grupo de Estudos - a cada membro, analista em treinamento e àqueles que de uma forma ou de outra se sentem próximos a esta Federação - com o desejo de que o novo ano seja um momento propício para a consolidação dos laços pessoais e interinstitucionais, um tempo rico em trocas científicas, um tempo de abertura para acomodar os desconfortos dos tempos, um tempo de audácia diante dos novos desafios de nossa prática clínica, um tempo de participação ativa e trabalho colaborativo para uma Psicanálise latino-americana viva, incisiva e envolvida com as realidades sociais de cada uma de nossas regiões.

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